Nasci na rua, cresci na rua, durmo na rua, vivo na rua...
Todos os dias passam por mim várias pessoas. Todas bem vestidas com pressa para o seu trabalho. Hoje em dia, o trabalho é mais importante que a vida. Sou invisível. Se eu fosse útil já todos reparavam em mim, mas ninguém tem tempo para um "maltrapilho".
Que raio, eu ainda sou um menino. Um menino pobre e desprezado, mas um menino
Falam tanto dos direitos das crianças... Que crianças? Aquelas a quem nunca faltou nada?
A MIM FALTOU-ME TUDO À NASCENÇA!
Roupa, comida, remédios sempre que estive doente... Mas o que mais me faltou, foi ter alguém que me desse um pouco de atenção, de carinho, da ternura a que todos os meninos têm direito...
Eu posso ser um menino de rua, mas não é por isso que deixo de ser um menino!
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