quarta-feira, 17 de junho de 2015

Ausência de um abraço quentinhos

O que é que nunca esperariam que um boneco de neve gostasse?
De calor? De abraços? De verão?
O Olaf (Frozen) gosta disto tudo. Sempre sonhou em poder viver no verão, junto ao calor, junto das pessoas que mais ama e poder dar-lhes abraços, abraços bem quentinhos.
E porque estou eu a falar do Olaf? Porque muito carinhosamente, certos amigos me tratam por Olaf, pois eu sou muito parecido com ele nestes aspectos. E eu confirmo!

Gosto do verão e adoro abraços sentidos. Os abraços são a maneira de duas pessoas se aproximarem mais, de se ligarem mais. São reconfortantes, e um simples abraço tem o poder de mudar o dia de uma pessoa. Mas tem de ser sentido. Os abraços por obrigação são pedras que nos atiram.

Não é só nos momentos em que nos sentimos em baixo que um abraço ajuda. Nos dias normais, se os posso chamar assim, um abraço mostra-nos que não estamos sós, que somos importantes para outra pessoa e por isso ela deixa-nos estar mais próximos dela.

No dia a dia, as pessoas falam, debitam meras palavras longe, e muitas vezes terminam a conversa com uma simples palavra: "abraço", mas se estivesses próximas, não diriam nada nem dariam o tal abraço. O Abraço tornou-se banal, as pessoas usam e abusam da palavra e depois não são capazes de dar um simples abraço quentinho, algo que é simples, mas requer uma entrega de ambas as pessoas. Não basta dizer "vá, eu dou-te um abraço", é preciso dá-lo com sentimento, bem quentinho. Estão cada vez mais raros esses abraços.

Sinto falta? Claro. Nem as pessoas que me são mais próximas me dam. Custa muito dar um pouco de atenção? um pouco de carinho? um pouco de sentimento?
Há dias que eu dava tudo por um abraço bem quentinho, mas ele está cada vez mais ausente. Mas não posso obrigar os outros a ser como eu. Somos todos diferentes e cada um sabe da sua vida, e eu? Eu tenho de continuar a viver, na ausência de um abraço quentinho.



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