quinta-feira, 10 de março de 2011

Lágrima

Este dia escuro como a noite,
orvalho madrugador em olhos de cristal surge.
Segredos sussurrados,
confissões sem deliberações.
Cravaste o teu punhal
nas minhas costas
que até ao coração perfurou.

Já não me corre sangue nas veias.
A música é que me faz viver, escrever,
amar cada palavra que escrevo.
As lágrimas que me correm
fazem nascer na Terra o oceano,
dá vida à morte e morte à vida.
Este é o poder da lágrima:
alegra a tristeza e entristece a alegria.
Diz qualquer coisa…
não fiques aí atrás
com a mão no punhal.
Mas o que é uma lágrima?
Uma gota de sal?
Uma gota que torna todas as pessoas iguais?

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